A Secretaria Municipal de Saúde, através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), vem realizando um trabalho de suma importância na captura e eliminação do Aedes aegypti, responsável pela transmissão da dengue, zika e chikungunya. Por meio de uma ferramenta de pesquisa para monitoramento populacional do mosquito, a chamada "Ovitrampas", o órgão consegue obter uma análise detalhada dos índices, cujos resultados são direcionados para nortear as ações específicas de controle para a localidade trabalhada.
A última pesquisa foi realizada no final do mês passado, onde foram instaladas 600 armadilhas em 100 bairros, sendo 80 na área urbana e 20 na área rural. Como resultado, foram coletados 72.500 ovos do Aedes aegypti, o que demonstra a eficácia da ação no combate ao mosquito. O próximo estudo está previsto para abril.
"Essa pesquisa gera um mapa de calor que direciona as ações de combate ao Aedes aegypti, identificando os bairros com maior densidade desse mosquito. Esse mapa ajuda a equipe a focar nas áreas mais afetadas, permitindo a realização de ações mais eficazes para controlar a população do Aedes", informou o subcoordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), Sílvio Pinheiro.
Sílvio destaca que a integração da Ovitrampas e do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), melhora significativamente o direcionamento das ações de controle do Aedes aegypti no município. "O LIRAa fornece um índice de infestação em uma localidade, enquanto a Ovitrampas determina a quantidade de mosquitos presentes. Juntas, essas ferramentas oferecem uma precisão de 80% a 90%, permitindo ações mais eficazes nos bairros com maior população de mosquitos e remoção de criadouros", reiterou.
ARMADILHAS – As armadilhas consistem na instalação de um vaso preto, preenchido com água e levedura de cerveja, que fica parado simulando o ambiente perfeito, atraindo as fêmeas do vetor. Nele é inserida uma paleta de madeira (eucatex) que facilita a oviposição, que deve ser instalada a uma distância de 300 metros da outra. Após a coleta da amostragem, o agente realiza a contagem dos ovos e a identificação da espécie (Aedes albopictus ou Aedes aegypti).
"Com base nesse resultado, calculamos o Índice de Positividade de Ovitrampa (IPO), que indica o percentual de armadilhas positivas e o Índice de Densidade de Ovos (IDO) que indica o número médio de ovos por armadilhas positivas. Os resultados desse projeto são registrados no aplicativo Conta Ovos, criado para otimizar as informações. As Ovitrampas são cadastradas, contendo dados como sua localização e quantidade de ovos encontrados em cada paleta", finalizou o subcoordenador.
Além de direcionar o as ações nos bairros, o resultado da pesquisa também é enviado à Secretaria de Estado de Saúde (SES/RJ) e ao Ministério da Saúde (MS).
Fonte: Secom/Pmcg