A nova linha de empréstimos consignados, que entra em vigor em 21 de março, promete impactar positivamente cerca de 47 milhões de trabalhadores formais, incluindo trabalhadores domésticos, rurais e assalariados de Microempreendedores Individuais (MEIs).
O Brasil está prestes a viver uma revolução no sistema de crédito, especialmente para os trabalhadores que antes se viam à mercê de agiotas e altas taxas de juros. Em uma medida histórica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (12), a Medida Provisória que cria o Crédito do Trabalhador. A nova linha de empréstimos consignados, que entra em vigor em 21 de março, promete impactar positivamente cerca de 47 milhões de trabalhadores formais, incluindo trabalhadores domésticos, rurais e assalariados de Microempreendedores Individuais (MEIs).
O que muda com a nova medida é a possibilidade de obter crédito com taxas de juros até 50% menores do que as cobradas atualmente. Isso ocorre porque o crédito será garantido pelo saldo do FGTS dos trabalhadores, oferecendo mais segurança tanto para quem empresta quanto para quem toma o crédito. Além disso, o processo será simplificado: por meio da Carteira de Trabalho Digital, o trabalhador poderá solicitar propostas de crédito diretamente com bancos privados ou públicos, analisar as melhores opções e contratar o empréstimo, com o desconto das parcelas diretamente na folha de pagamento.
Emocionado, o presidente Lula destacou a importância do programa para os trabalhadores mais vulneráveis: "Agora eles podem ter crédito barato para sair da mão do agiota. Não precisa mais pagar 10% de juros (por mês). Aquele que cobrar menos, vá lá e faça. Será uma revolução nesse país". Lula frisou que o objetivo não é endividar os brasileiros, mas sim proporcionar oportunidades, inclusão e qualidade de vida.
O Impacto da Medida
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a iniciativa tem o potencial de transformar o país: "Esse programa talvez seja o mais revolucionário no médio prazo. São 47 milhões de pessoas que hoje estão pagando mais de 5% ao mês de juros no crédito pessoal. Com essa garantia, as taxas podem cair 50% ou mais."
Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, explicou que, na prática, a medida poderá reduzir em até 52% os custos de crédito para trabalhadores, como empregadas domésticas e trabalhadores rurais. "Imagine um trabalhador que paga uma prestação de R$ 1.600, com a nova política, ele pode pagar R$ 830 pela mesma quantidade de parcelas. Essa é a magnitude desse produto", afirmou Marinho.
A Inclusão Econômica
Tarciana Medeiros, presidenta do Banco do Brasil, destacou o caráter de inclusão da medida, que permitirá que trabalhadores em situações vulneráveis, como as empregadas domésticas, tenham acesso a crédito com taxas acessíveis. "É percepção real de aumento de renda. São taxas muito menores, muito mais atrativas. Chegou a vez de vendedores, empregadas domésticas, garçons, trabalhadores rurais e porteiros", afirmou.
A medida também visa combater o superendividamento, oferecendo uma alternativa mais barata para quem já possui dívidas com altas taxas de juros. De acordo com dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), atualmente, o consignado no setor privado soma cerca de 4,4 milhões de operações contratadas, totalizando mais de R$ 40 bilhões.
Futuro Promissor
A expectativa é que o Crédito do Trabalhador promova um aumento no PIB do Brasil, ao ampliar a capacidade de compra das famílias e gerar um ciclo positivo de crescimento. Para Cleide Silva Pinto, representante da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), a medida oferece uma chance concreta de melhorar a vida de milhões de brasileiros: "Quando você consegue acesso a crédito com melhores condições, consegue se estabilizar e melhorar seu padrão de vida", afirmou.
A nova linha de crédito tem tudo para transformar a economia e as condições de vida de trabalhadores em todo o Brasil, garantindo inclusão, dignidade e mais qualidade de vida para os brasileiros.
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