A denúncia, apresentada por Thiago Virgílio, aponta que líderes religiosos estariam recebendo pagamentos mensais, apelidados de "documento", em troca de apoio político às campanhas da Delegada Madeleine e do vereador Marquinho Bacellar.
A Polícia Federal de Campos dos Goytacazes abriu um inquérito para investigar um esquema de compra de votos que supostamente envolve pastores da cidade. A denúncia, apresentada por Thiago Virgílio, aponta que líderes religiosos estariam recebendo pagamentos mensais, apelidados de "documento", em troca de apoio político às campanhas da Delegada Madeleine e do vereador Marquinho Bacellar.
De acordo com a denúncia, o esquema teria começado em janeiro de 2024, com os pastores recebendo os pagamentos entre os dias 15 e 20 de cada mês. O caso ganhou força após a divulgação de áudios de um grupo de WhatsApp, onde pastores se queixavam do atraso nos pagamentos. As gravações foram apresentadas como prova e estão sendo analisadas pelos investigadores.
As diligências realizadas pela Polícia Federal até o momento incluem a coleta de provas em redes sociais e a presença em cultos dos pastores suspeitos, com o objetivo de verificar possíveis indícios de apoio político em troca de benefícios financeiros.
A investigação segue sob sigilo, mas, caso as suspeitas sejam confirmadas, os envolvidos poderão responder por crimes previstos no Código Eleitoral, como corrupção eleitoral, que prevê penas severas, incluindo reclusão e inelegibilidade.
A denúncia gerou repercussão em Campos e no meio religioso, levantando questionamentos sobre a integridade das eleições locais. A Polícia Federal continua apurando o caso, e mais informações devem ser reveladas conforme as investigações avancem.
A equipe de reportagem tentou contato com as assessorias de comunicação dos candidatos citados, Delegada Madeleine e Marquinho Bacellar, mas, até o momento, não obteve respostas.