Apesar da gravidade do crime, o militar foi liberado após prestar depoimento, uma vez que já havia passado o prazo de 24 horas para a prisão em flagrante.
O bombeiro militar reformado que tirou a vida do mototaxista Luan Stroligo de Oliveira Martins, de 28 anos, apresentou-se à 134ª Delegacia de Polícia, no Centro de Campos, nesta sexta-feira (6), acompanhado de seu advogado João Paulo Granja de Abreu. O crime ocorreu na última quarta-feira (4), no Parque Esplanada, e, segundo o depoimento do autor, foi motivado por uma suposta ameaça feita pela vítima após uma discussão no trânsito.
Apesar da gravidade do crime, o militar foi liberado após prestar depoimento, uma vez que já havia passado o prazo de 24 horas para a prisão em flagrante. Ele também entregou a arma do crime, uma pistola calibre 380, que estava com 17 munições intactas e uma deflagrada.
O Depoimento do Acusado
De acordo com a versão apresentada pelo bombeiro, o incidente começou quando ele estava saindo de sua garagem, ao volante de seu Nissan Kicks, e não teria percebido a aproximação de Luan, que seguia de moto. O mototaxista teria desviado e, em seguida, ofendido o motorista. A partir desse momento, os dois teriam trocado ofensas enquanto o mototaxista seguia à frente do carro.
Conforme o depoimento, os veículos chegaram a emparelhar diversas vezes, com contínuas trocas de agressões verbais. O ponto crítico ocorreu quando Luan parou a moto e caminhou em direção ao carro do bombeiro, desferindo um tapa no vidro traseiro. Segundo o acusado, a vítima se aproximou da porta do motorista com as mãos para trás, o que o fez acreditar que Luan estivesse armado.
Ainda segundo o relato, o mototaxista tentou desferir um soco no ex-bombeiro, enquanto proferia ameaças de morte. Em resposta, o militar, ainda dentro do carro, sacou sua arma e atirou uma única vez. Luan, atingido, teria saído correndo e gritando.
Repercussão do Crime
O assassinato teve grande repercussão na cidade, gerando indignação entre amigos e colegas de trabalho da vítima. Nos últimos dias, protestos foram organizados em homenagem a Luan, pedindo justiça e punição para o autor do crime. O bombeiro, que já havia prestado serviços de segurança para um político local, agora aguarda as próximas etapas da investigação em liberdade.
A polícia segue investigando o caso para esclarecer todos os detalhes e circunstâncias que levaram à morte do mototaxista, enquanto a família da vítima luta por respostas e justiça.
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